And isn't it ironic?

Sei que é provável que, após 8 edições, muitos não aguentem mais ouvir falar no reality show BIG BROTHER. Alguns simplesmente porque enjoaram, não veem mais graça. Outros nunca gostaram, nem ao menos acompanharam o BBB 1.

Bom, devo confessar a vocês: NÃO CONSIGO DEIXAR DE ASSISTIR. Tento encontrar explicações razoáveis para explicar a amigos e conhecidos porque ainda acompanho o programa. Claro, que no início, desde o comecinho de cada edição, eu escolhia um participante, torcia a cada 'paredão' e sim. SIM! O meu participante escolhido ganhava o maravilhoso prêmio de 1 MILHÃO DE REAIS (que no princípio era apenas (que pra mim já era muito) de 500 mil reais.

Até que um dia meu escolhido ficou em segundo lugar. talvez porque não tinha torcido da mesma forma como das vezes anteriores. Ok, minha culpa, minha máxima culpa (rs). E comecei a remoer que era tudo edição, tudo combinado, tudo manipulado. Todos eram personagens. Era um show de interpretação. A Globo coordenava tudo, sabendo do princípio ao fim quem seria o campeão. Se tudo isso é verdade? Não sei! Realmente não sei e não quero saber.

Por que não quero saber? Porque é nisso tudo. Na combinação, na manipulação, na edição, nos discursos do Pedro Bial antes das eliminações. Foi aí que passei a achar as tais razões para justificar o fato de que acompanho o BBB. O programa é uma novela. Uma novela mais empolgante, mais excitante que as últimas escritas por Manoel Carlos ou Glória Perez. É uma novela de quase 3 meses. De domingo a domingo.

E como toda novela (todas não, aquelas mais antigas, que realmente tinham estórias envolventes), tem aquele capítulo que você se emociona. E chora, chora que nem um bebê. Pois foi o que aconteceu comigo. Quem acompanhou viu que a 'vovó' Naiá foi eliminada, deixando sua 'netinha' Ana Carolina desconsolada. Chorei. Chorei, não sei bem porquê.

Simples emoção? Recordação da minha vó falecida, da qual não consegui me despedir? Ou a cena da própria despedida? O mais engraçado de tudo, é que eu estava torcendo para a velhinha sair. Estranho? Sim, muito estranho. Estranho e excitante. Estranho, excitante e IRÔNICO.

É como diz a minha parte preferida daquela música da Alanis Morissete, "Ironic": A traffic jam when you're already late/A no-smoking sign on your cigarette break/It's like ten thousand spoons when all you need is a knife/It's meeting the man of my dreams/ And then meeting his beautiful wife/And isn't it ironic... don't you think?/A little too ironic.. and yeah I really do think..."